sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
O PEDREIRO QUE VIROU DONO DO MURO
Esta é a incrível história de Volker Pawlowski.Ele nasceu na antiga Alemanha Oriental,em Dresden.Era pedreiro quando o muro caiu.Era um empreendedor visionário.Passou a perna nos capitalistas so outro lado do muro e teve uma idéia.Fazer do muro um negócio.
Volker juntou todas economias.Louco,disseram os parentes.Quero a separação,gritou a mulher.
Mas Volker não desistiu.Com o dinheiro começou a comprar pedaços do muro.Na oficina o pedreiro quebrava o muro e revendia para os turistas.Hoje ele monopoliza o mercado de souvenirs do muro.
No galpão atolado de pedras que valem ouro vende desde o pó do muro a pedaços com dois metros de altura.Tem estoque de muro para mais 40 anos.
De pedreiro ,Volker virou o dono do muro de Berlin
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
MUNDÃO TÃO PEQUENINO
Jornalista parece que atrai notícia.Estou na Europa seguindo as pegadas do Lula.Mas as vezes a notícia aparece de repente,quando a gente menos espera.Senão vejamos....
Quarta à tarde,Estocolmo.Pego um taxi para o Aeroporto.O destino,Berlin.O motorista típica da Europa:quieto e com cara de alguém do Oriente Médio.A viagem é longa.Meia hora.Tudo segue normal.De repente o telefone dele toca.....
Nem reparo,mas ele muda de fisionomia.Fica contente,exultante.Repete estranha palavras num idioma que descubro depois,é persa.Ele se vira pra mim e me oferece um docinho,dessas balinhas arábes com pistache.Recuso,ele insite.Aceito.
Mais dois minutos e o telefone toca novamente.Ele começa a chorar.Me passa o celular.Do outro lado da linha uma mulher se identifica como filha do motorista.Ela diz que ele fez questão que falasse com ela para dividir a alegria.O iraniano chora de felicidade.Ainda estou confuso.
Ele me explica que saiu do Iran treze anos atrás.A filha está em Londres.Estuda economia.A felicidade é porque ele recebeu a notícia que trinta amigos dele,perseguidos políticos no Iran foram libertados pelo governo e vão poder deixar o país.A mulher do motorista estava há trinta dias em greve de fome para protestar.
É o dia mais feliz da vida ,diz o motorista.Brinco dizendo que ele deve tirar o dia livre.Na chegada ao aeroporto faz questão de me mostrar um cartaz com as fotos dos perseguidos políticos que ganharam a liberdade.
Se despede com um abraço apertado.Tinha dividido com um estranho brasileiro um dia tão especial.Sigo pra Berlin mas deixo uma parte dos meus pensamentos no banco daquele taxi sueco.
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